segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tecnologia Bluetooth - Parte 2

Olá pessoal! Hoje vou falar sobre as versões do bluetooth como prometido no meu ultimo post. Vamos entender como essa tecnologia evoluiu e chegou a o que é hoje, desde a sua primeira versão, ate a mais atual.

Versões do Bluetooth

 
O Bluetooth é uma tecnologia em constante evolução, o que faz com que suas especificações mudem e novas versões surjam com o passar do tempo. Não é por menos: necessidades sempre aparecem. A seguir, as versões do Bluetooth disponíveis até o momento:

Bluetooth 1.0

A versão 1.0 (e a versão 1.0B) representa as primeiras especificações do Bluetooth. Justamente por isso, os fabricantes encontravam problemas que dificultavam a sua implementação e a interoperabilidade entre dispositivos via Bluetooth - nesta época, a tecnologia ainda estava "crua", por assim dizer. A velocidade padrão do Bluetooth 1.0 é de 721 Kb/s.

Bluetooth 1.1

Lançada em fevereiro de 2001, a versão 1.1 marca o estabelecimento do Bluetooth como o padrão IEEE 802.15. Nela, muitos problemas encontrados na versão 1.0B foram solucionados e o suporte ao RSSI (Received Signal Strength Indication), sistema que mede a potência de recepção de sinal, foi implementado. A velocidade padrão foi mantida em 721 Kb/s.

Bluetooth 1.2

Lançada em novembro de 2003, a versão 1.2 do Bluetooth tem como principais novidades conexões mais rápidas, melhor proteção contra interferências, suporte aperfeiçoado a scatternets e processamento de voz mais avançado. Nesta versão, também não houve alteração no limite de transferência de dados.

Bluetooth 2.0 + EDR

O bluetooth 2.0 surgiu oficialmente em novembro de 2004 e trouxe importantes aperfeiçoamentos à tecnologia: diminuição do consumo de energia, aumento na velocidade de transmissão de dados para até 3 Mb/s (2.1 Mb/s efetivos), correção das falhas existentes na versão 1.2 e melhor comunicação entre os dispositivos.
A velocidade maior desta versão, na verdade, é "opcional". Isso porque o Bluetooth 2.0 passou a contar com o padrão EDR (Enhanced Data Rate), que consegue praticamente triplicar a taxa de transferência de dados da tecnologia. Um dispositivo Bluetooth 2.0 não necessita obrigatoriamente do EDR para funcionar. Neste caso, todas as características desta versão estão presentes, mas a sua velocidade se mantém em até 721 Kb/s.

Bluetooth 2.1 + EDR

Lançada em agosto de 2007, a versão 2.1 do Bluetooth possui como principais destaques o acréscimo de mais informações nos sinais Inquiry (permitindo um processo de seleção apurado dos dispositivos antes de estabelecer uma conexão), melhorias nos procedimentos de segurança (inclusive nos recursos de criptografia) e melhor gerenciamento do consumo de energia. A sua velocidade é a mesma do Bluetooth 2.1, havendo inclusive compatibilidade com EDR.

Bluetooth 3.0 + HS

Versão lançada em abril de 2009, tem como principal atrativo taxas altas de velocidade de transferência de dados. Dispositivos compatíveis podem atingir a marca de 24 Mb/s de transferência. O "truque" para taxas tão elevadas está na incorporação de transmissões 802.11. Outra vantagem é o controle mais inteligente do gasto de energia exigido para as conexões. Apesar da expressiva evolução, o Bluetooth 3.0 é compatível com as versões anteriores da tecnologia.
As velocidades mais altas do Bluetooth 3.0 só podem ser alcançadas em dispositivos compatíveis com as instruções HS (High Speed), característica equivalente à relação entre o Bluetooth 2.0 (ou 2.1) e o EDR.

O relógio Sony SmartWatch se comunica com smartphones Android via Bluetooth 3.0
O relógio Sony SmartWatch se comunica com smartphones Android via Bluetooth 3.0

Bluetooth 4.0

As especificações desta versão foram anunciadas em dezembro de 2009 e o seu principal diferencial está no aspecto da economia de energia: este padrão é capaz de exigir muito menos eletricidade quando o dispositivo está ocioso, característica especialmente interessante, por exemplo, para telefones celulares que consomem muita energia quando o Bluetooth não está sendo utilizado, mas permanece ativo. A ideia aqui, na verdade, é fazer com que a tecnologia possa ser incorporada em dispositivos bastante portáteis e que, portanto, realmente lidam com pouca energia.
Apesar do foco em dispositivos do tipo, o Bluetooth 4.0 pode trabalhar com aparelhos mais exigentes, já que também engloba características do Bluetooth 3.0.

É importante frisar que o fato de haver várias versões não significa que um dispositivo com uma especificação mais recente não funcione com outro com uma versão anterior, embora possam haver exceções. Todavia, se um dispositivo 2.0 for conectado a outro de versão 1.2, por exemplo, a velocidade da transmissão de dados será limitada à taxa suportada por este último.


Com a popularização das redes Wi-Fi, o mercado ficou com dúvidas em relação ao futuro do Bluetooth, mas o aumento expressivo de aparelhos compatíveis com a tecnologia fez com que todos os temores se dissolvessem. E faz sentido: o objetivo do Bluetooth é permitir a intercomunicação de dispositivos próximos utilizando o menor consumo de energia possível (mesmo porque muitos desses dispositivos são alimentados por baterias) e um custo de implementação baixo. O Wi-Fi, por sua vez, se mostra mais como um concorrente das tradicionais redes de computadores com fio (padrão Ethernet, em sua maioria).
No início de 2008, o Bluetooth SIG comemorou os 10 anos da chegada do Bluetooth ao mercado. E não será surpresa se o aniversário de 20 anos for comemorado: em 1998, o grupo contava apenas com cinco empresas integrantes. Hoje, esse número passa de dez mil, o que significa que um futuro ainda mais promissor pode estar reservado à tecnologia.

Referências: http://www.infowester.com/bluetooth.php

Tecnologia 4K

E aew, galerinha, como prometido venho nesse post falar sobre a tecnologia 4K, afinal é o que temos acessivelmente hj de mais avançado em questão de imagem. Iremos aqui mostrar o que é o 4K e sua acessibilidade nos dias atuais.

Vale a pena explicar algumas coisas para aqueles que não estão muito familiarizados com o assunto. Vamos usar muito nesse texto a letra “K” como elemento de medida. No nosso caso, “K” se refere à resolução vertical em quantidade de linhas (pixels) das imagens. No nosso caso, um K equivale a 1024 unidades, por se tratar de um sistema digital (se o assunto fosse Física, um K é igual a 1.000 unidades). E, para simplificar, vamos apenas usar os termo 4K, mas com o cuidado de colocar as resoluções em cada uma delas, para que o comparativo seja mais completo e prático.

Após a adoção generalizada do padrão de TV Full HD, mais um horizonte se abriu para quem curte televisores de ponta: a resolução de TV 4K. A tecnologia é nomeada assim pois garante uma definição quatro vezes maior (3840 × 2160 pixels) do que a Full HD, já presente em diversos modelos de televisores. Além de contar com uma resolução bem elevada, os televisores 4K apresentam ainda algumas características que podem fazer toda a diferença na hora da compra. Se você está pensando em escolher uma TV grande para seu ambiente, esses televisores oferecem muitas polegadas. Você pode encontrar umaTV 55" e até televisão com 85" que possui a tecnologia 4K.


A TV 4K apresenta algumas características diferenciadas. O principal efeito percebido é uma redução drástica no efeito de pixelização, os pontos formadores das imagens em TVs e monitores. Você quase não percebe o efeito e a imagem parece ser, em resumo, real. Vale lembrar que tal efeito é conseguido apenas quando a cadeia inteira de produção (da câmera ao sinal que chegará até a sua casa) for concebida para esse padrão.
Outro diferencial que a resolução das TVs 4K traz para as casas é que as distâncias mínimas para as telas podem ser alteradas. Nem tanto pelo conforto visual, mas em função da qualidade e nitidez. Ou seja: mesmo de muito perto você enxerga imagem em qualidade total.
Alguns modelos de televisores como uma TV Sony, uma TV LG ou uma TV Samsung já apresentam essa resolução, o que pode "puxar" um público e, com isso, a popularização da tecnologia da televisão 4K, que ainda é muito cara.

Com isso, a TV 4K muda também o tamanho das telas, uma vez que podemos incluir TVs cada vez maiores em espaços menores, sem que o conteúdo fique prejudicado. Esteja atento, novamente, a uma questão fundamental: ainda não é comum a exibição de conteúdo próprio para esse formato. Então, por enquanto, você deverá ficar limitado a mídias físicas, conteúdos demonstrativos do próprio aparelho e poucas transmições de TV.
A TV 4K é mais um avanço da tecnologia, o que comprova que os televisores não param de inovar. Ter uma TV com essa dimensão em casa é sinônimo de alta qualidade e, claro, diversão garantida enquanto você assiste aos conteúdos.

Mas… podemos melhorar isso, não é mesmo?
Próximo post, falaremos sobre o que estar por vir, o 8K ou Ultra High Defintion Television, aguardem...

sábado, 19 de julho de 2014

HDTV x TV Digital




O Comitê para Padrões de Televisão Avançados (ATSC) determinou padrões voluntários para a TV digital. Tais padrões incluem a forma como som e vídeo são codificados e transmitidos. Também fornecem diretrizes para diferentes níveis de qualidade. Todos os padrões digitais têm qualidade superior aos sinais analógicos. Os padrões HDTV são os mais altos de todos os sinais digitais.

A ATSC criou 18 formatos de transmissão digital para vídeo. O formato de qualidade mais baixa é quase igual à melhor qualidade que uma TV analógica consegue exibir. Os 18 formatos cobrem diferenças de:


Formato de tela: A televisão padrão tem um formato 4:3 - quatro unidades de largura por três de altura. A HDTV tem formato 16:9, mais parecida com uma tela de cinema.


Resolução: O menor padrão de resolução (SDTV) será semelhante à TV analógica e chegará a 704 x 480 pixels. A maior resolução HDTV é de 1920 x 1080 pixels. A HDTV consegue exibir cerca de dez vezes mais pixels que um aparelho de TV analógico.


Taxa de quadros (frame rate) - A taxa de quadros de um aparelho diz quantas vezes ele cria uma imagem completa na tela por segundo. As taxas de quadros da TV digital geralmente terminam com "i" ou "p" para informar se são entrelaçadas ou progressivas (no outro post sobre o HDTV está explicado melhor o que significa "i" e "p"). As taxas da TV digital variam de 24p (24 quadros por segundo, progressivos) a 60p (60 quadros por segundo, progressivos).
Muitos destes padrões têm exatamente o mesmo formato de tela e resolução, a diferença está nas taxas de quadros.
diferença entre o sinal de alta resolução e o analógico

No entanto, apesar de o sinal digital ser de qualidade superior ao sinal analógico, não é necessariamente de alta definição. A HDTV é nada menos que o padrão de TV digital mais alto. Mas ver uma imagem de alta definição e escutar o som Dolby Surround que a acompanha depende de duas coisas. Primeiro, a emissora tem que transmitir um sinal de alta definição. Segundo, você precisa do equipamento certo para recebê-lo e vê-lo.

fonte: http://tecnologia.hsw.uol.com.br/hdtv.htm

terça-feira, 15 de julho de 2014

Tecnologia Bluetooth - Parte 1

Olá pessoal! Hoje eu vou falar sobre a tecnologia Bluetooth. O Bluetooth é uma tecnologia que está presente na maioria dos dispositivos da atualidade (notebooks, smartphones, tablets, etc.) e também por isso é bastante utilizada. Porém, pouca gente sabe como funciona essa tecnologia e nesse post, vou tentar esclarecer essas e outras dúvidas além de explicar o surgimento. As versões e demais particularidades explicarei em um post futuro.

Conceituando


A proposta da tecnologia Bluetooth consiste em ser um meio de comunicação sem fio que permite que computadores, smartphones, tablets e afins troquem dados entre si e se conectem a mouses, teclados, fones de ouvido, impressoras e outros acessórios de maneira rápida, descomplicada e sem uso de cabos, bastando apenas que um esteja próximo do outro.
Bluetooth é um padrão de comunicação global e destaca-se nessa tecnologia o baixo consumo de energia. Uma combinação de hardware e software é utilizada para permitir que este procedimento ocorra entre os mais variados tipos de aparelhos.
A transmissão de dados é feita por meio de radiofrequência (ondas de rádio), permitindo que um dispositivo detecte o outro independente de suas posições, sendo necessário apenas que ambos estejam dentro do limite de proximidade (a princípio, quanto mais perto um do outro, melhor).
Para que seja possível atender aos mais variados tipos de dispositivos, o alcance máximo do Bluetooth foi dividido em três classes:
  • Classe 1: potência máxima de 100 mW (miliwatt), alcance de até 100 metros;
  • Classe 2: potência máxima de 2,5 mW, alcance de até 10 metros;
  • Classe 3: potência máxima de 1 mW, alcance de até 1 metro.
Este índice sugere que um aparelho com Bluetooth classe 3 somente conseguirá se comunicar com outro se a distância entre ambos for inferior a 1 metro, por exemplo. Esta distância pode até parecer inutilizável, mas é suficiente para conectar um fone de ouvido a um telefone celular guardado no bolso de uma pessoa. É importante frisar, no entanto, que dispositivos de classes diferentes podem se comunicar sem qualquer problema, bastando respeitar o limite daquele que possui um alcance menor.

No que diz respeito à velocidade de transmissão de dados, no Bluetooth essa velocidade é relativamente baixa, porém a busca por velocidades maiores é constante. Por exemplo: a terceira versão alcançava, no máximo, 1 Mb/s (megabit por segundo). Na versão seguinte, esse valor passou para até 3 Mb/s. Na versão atual, essa taxa pode chegar à 24 Mb/s. Embora essas taxas sejam curtas, são suficientes para uma conexão satisfatória entre a maioria dos dispositivos.

História do Bluetooth

 
A história do Bluetooth começa em meados de 1994. Na época, a companhia Ericsson passou a estudar a viabilidade de desenvolver uma tecnologia que permitisse a comunicação entre telefones celulares e acessórios utilizando sinais de rádio de baixo custo, em vez dos tradicionais cabos. O estudo foi feito com base em um projeto que investigava o uso de mecanismos de comunicação em redes de telefones celulares, que resultou em um sistema de rádio de curto alcance que recebeu o nome MC-Link. Com a evolução do projeto, a Ericsson percebeu que o MC-Link poderia ser bem sucedido, já que o seu principal atrativo era a implementação relativamente fácil e barata.
 
Em 1997, o projeto começou a despertar o interesse de outras empresas que, logo, passaram a fornecer apoio. Por conta disso, em 1998, foi criado o consórcio Bluetooth SIG (Bluetooth Special Interest Group), formado pelas companhias Ericsson, Intel, IBM, Toshiba e Nokia (dezenas de outras companhias aderiram ao consórcio com o passar do tempo). Repare que este grupo envolve duas "gigantes" das telecomunicações (Ericsson e Nokia), dois nomes de peso na fabricação de PCs (IBM e Toshiba) e a líder no desenvolvimento de chips e processadores (Intel). Esta diversidade foi importante para permitir o desenvolvimento de padrões que garantissem o uso e a interoperabilidade da tecnologia nos mais variados dispositivos.

A partir daí, o Bluetooth começou a virar realidade, inclusive pela adoção deste nome. A denominação Bluetooth é uma homenagem a um rei dinamarquês chamado Harald Blåtand, mais conhecido como Harald Bluetooth (Haroldo Dente-Azul). Um de seus grandes feitos foi a unificação da Dinamarca e da Noruega, e é em alusão a este fato que o nome Bluetooth foi escolhido, como que para dizer que a tecnologia proporciona a unificação de variados dispositivos. Não por acaso, o logotipo da tecnologia Bluetooth consiste na junção de dois símbolos nórdicos que correspondem às iniciais do monarca.

Funcionamento do Bluetooth

Frequência e comunicação


 
O Bluetooth é uma tecnologia criada para funcionar no mundo todo, razão pela qual se fez necessária a adoção de uma frequência de rádio aberta e aceita em praticamente qualquer lugar do planeta. A faixa ISM (Industrial, Scientific, Medical), que opera à frequência de 2,45 GHz, é a que me mais se aproxima desta necessidade, sendo utilizada em vários países, com variações que vão de 2,4 GHz a 2,5 GHz.
Como a faixa ISM é aberta, isto é, pode ser utilizada por qualquer sistema de comunicação, é necessário garantir que o sinal do Bluetooth não sofra interferência. O esquema de comunicação FH-CDMA (Frequency Hopping - Code-Division Multiple Access), utilizado pelo Bluetooth, permite tal proteção, já que faz com que a frequência seja dividida em vários canais. O dispositivo que estabelece a conexão muda de um canal para outro de maneira bastante rápida. Este procedimento é chamado "salto de frequência" (frequency hopping) e permite que a largura de banda da frequência seja muito pequena, diminuindo sensivelmente as chances de interferência. No Bluetooth, pode-se utilizar até 79 frequências (ou 23, dependendo do país) dentro da faixa ISM, cada uma "espaçada" da outra por intervalos de 1 MHz.


Teclado Logitech para tablets: comunicação via Bluetooth

Teclado Logitech para tablets: comunicação via Bluetooth


Como um dispositivo se comunicando via Bluetooth pode tanto receber quanto transmitir dados (modo full-duplex), a transmissão é alternada entre slots para transmitir e slots para receber, um esquema denominado FH/TDD (Frequency Hopping / Time Division Duplex). Estes slots são canais divididos em períodos de 625 µs (microssegundos). Cada salto de frequência deve ser ocupado por um slot, fazendo com que se tenha, em 1 segundo, 1.600 saltos.
No que se refere ao enlace, isto é, à ligação entre o emissor e receptor, o Bluetooth faz uso, basicamente, de dois padrões: SCO (Synchronous Connection-Oriented) e ACL (Asynchronous Connection-Less).
O primeiro estabelece um link sincronizado entre o dispositivo emissor e o dispositivo receptor, separando slots para cada um. Assim, o SCO acaba sendo utilizado principalmente em aplicações de envio contínuo de dados, como transmissão de voz. Por funcionar desta forma, o SCO não permite a retransmissão de pacotes de dados perdidos. Quando ocorre perda em uma transmissão de áudio, por exemplo, o dispositivo receptor acaba reproduzindo som com ruído.
O padrão ACL, por sua vez, estabelece um link entre o dispositivo que inicia e gerencia a comunicação e os demais que estão em sua rede. Este link é assíncrono, já que utiliza slots previamente livres. Ao contrário do SCO, o ACL permite o reenvio de pacotes de dados perdidos, garantindo a integridade das informações trocadas entre os dispositivos. Assim, este padrão acaba sendo útil para aplicações que envolvam transferência de arquivos, por exemplo.

Redes Bluetooth

 
Quando dois ou mais dispositivos se comunicam por meio de uma conexão Bluetooth, eles formam uma rede denominada piconet. Nesta comunicação, o dispositivo que iniciou a conexão assume o papel de master (mestre), enquanto que os demais dispositivos se tornam slave (escravos). Cabe ao master a tarefa de regular a transmissão de dados na rede e o sincronismo entre os dispositivos.
Cada piconet pode suportar até 8 dispositivos (um master e 7 slaves), no entanto, é possível elevar este número a partir da sobreposição de piconets. Em poucas palavras, este procedimento consiste em fazer com que uma piconet se comunique com outra que esteja dentro do limite de alcance, esquema este denominado scatternet. Note que um dispositivo slave pode fazer parte de mais de uma piconet ao mesmo tempo, no entanto, um master pode ocupar esta posição somente em uma única piconet.


Ilustração de piconet e scatternet
Ilustração de piconet e scatternet


Para que cada dispositivo saiba quais outros fazem parte de sua piconet, é necessário fazer uso de um método de identificação. Para tanto, um dispositivo que deseja se conectar a uma piconet já existente pode emitir um sinal denominado Inquiry. Os dispositivos que recebem o sinal respondem com um pacote FHS (Frequency Hopping Synchronization), informando a sua identificação e os dados de sincronização da piconet. Com base nestas informações, o dispositivo pode então emitir um sinal chamado Page para estabelecer uma conexão com outro dispositivo.
Como o Bluetooth é uma tecnologia que também oferece economia de energia como vantagem, um terceiro sinal denominado Scan é utilizado para fazer com que os dispositivos que estiverem ociosos entrem em stand-by, isto é, operem em um "modo de descanso", poupando eletricidade. Todavia, dispositivos neste estado são obrigados a "acordar" periodicamente para checar se há outros aparelhos tentando estabelecer conexão.

Protocolos de transporte, middleware e de aplicação

 
Assim como em qualquer tecnologia de comunicação, o Bluetooth precisa de uma série de protocolos para funcionar, cada um atendendo a um fim específico. Os mais importante são chamados de protocolos núcleo ou protocolos de transporte e são divididos, basicamente, nas seguintes camadas:

- RF (Radio Frequency): como o nome indica, camada que lida com os aspectos relacionados ao uso de radiofrequência;

- Baseband: camada que determina como os dispositivos localizam e se comunicam com outros aparelhos via Bluetooth. É aqui, por exemplo, que se define como dispositivos master e slave se conectam dentro de uma piconet, sendo também onde os padrões SCO e ACL (mencionados anteriormente) atuam;

- LMP (Link Manager Protocol): esta camada responde por aspectos da comunicação em si, lidando com parâmetros de autenticação, taxas de transferência de dados, criptografia, níveis de potência, entre outros;

- HCI (Host Controller Interface): esta camada disponibiliza uma interface de comunicação com hardware Bluetooth, proporcionando interoperabilidade entre dispositivos distintos;

- L2CAP (Logical Link Control and Adaptation Protocol): esta camada serve de ligação com camadas superiores e inferiores, lida com parâmetros de QoS (Quality of Service - Qualidade de Serviço), entre outros.

Podemos encontrar ainda os chamados protocolos middleware, que possibilitam compatibilidade com aplicações já existentes por meio do uso de protocolos e padrões de outras entidades, entre eles, o IP (Internet Procotol), o WAP (Wireless Application Procotol), o PPP (Point-to-Point Protocol) e o OBEX (Object Exchange).
Há também um grupo chamado protocolos de aplicação que faz referência ao uso do Bluetooth em si pelos dispositivos. Para fins de compatibilidade e interoperabilidade, estes protocolos são divididos em perfis. Cada perfil Bluetooth especifica como um equipamento deve implementar a tecnologia.
Há, por exemplo, um perfil para fones de ouvido sem fio, outro para distribuição de áudio, outro para sincronização de dispositivos e assim por diante.

Referências: http://www.infowester.com/bluetooth.php

segunda-feira, 14 de julho de 2014

HDTV

HDTV

Bem galera, hoje venho aqui falar um pouco sobre novas tecnologias da informação e comunicação. Esse post sobre HDTV não é algo novo, mas algo importante que irá nos levar a próxima postagem sobre o 4K e 8K. Então basicamente vamos ver o que é o HDTV e a diferença entre HDTV e FULL HD, muitas vezes nem sabemos que ela existe.

HDTV é a sigla em inglês para High-Definition Television ou Televisão de Alta Definição. Existem diferenças em relação à resolução que as imagens produzidas por sinais digitais em HDTV podem alcançar. Quando falamos na resolução máxima que pode ser exibida em aparelhos HDTV surge então a expressão Full HD (Full High Definition), que significa alta definição total.

Os aparelhos com tecnologia HDTV podem chegar a uma resolução de 720 linhas progressivas (1280x720 p). Já o HDTV com Full HD chega a resoluções maiores: 1080 linhas entrelaçadas (1920x1080 i) ou 1080 linhas progressivas (1920x1080 p).

A letra “i” indica que as linhas são atualizadas alternadamente (primeiro as linhas ímpares e depois as pares), enquanto a atualização acontece simultaneamente entre as linhas no caso de “p”, que tem uma qualidade de imagem considerada superior quando comparados valores iguais (1920x1080, por exemplo) . Para se ter uma ideia, a TV analógica chega a apenas 480 linhas de resolução.

Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/dicas/sua-duvida/2010/04/29/qual-a-diferenca-entre-hdtv-e-full-hd.jhtm

quinta-feira, 10 de julho de 2014

GPS - Parte 2

        Como prometido em meu post passado, irei continuar aqui com postagens sobre o GPS, suas funcionalidades e aplicações. Algumas coisas nesse post foram relembradas, como é o caso do relógio do receptor, mas achei interessante colocá-las para que o texto ficasse completo.


        A princípio o GPS foi desenvolvido para uso militar, mas com o passar do tempo passou a ser utilizado pela população e economia geral. As aplicações do mesmo vão desde melhorias na área de transportes, até a área de segurança e muito mais...
 
        Exs:
1-  O GPS, na área topográfica, contribui para uma melhoria imenso e um maior número de aplicações, tais como a medição precisa de terrenos, o desenvolvimento de sistemas cartográficos computacionais muito mais funcionais e precisos, o levantamento de mapas de altitudes, medição de ângulos, além de muitas outras.

2-  Na área dos esportes o GPS também é muito útil, pois em esportes de longas distâncias pode auxiliar no registro de recordes e na apuração dos resultados. São muito utilizados nas corridas de automóveis, balões, barcos e aviões.

3- Existem diversos softwares que trabalhando em conjunto com equipamentos gps, estes softwares tem uma enorme utilidade pois combinam informações como posição global, velocidade e aceleração sobre a Terra com algoritmos complexos, podendo fazer diversas aplicações ficando limitado apenas pela imaginação do desenvolvedor.

        Enfim... existem ainda uma variedade enorme das aplicações, mas não irei citá-las..

     
        Como visto, o GPS parece algo praticamente perfeito, mas como é só praticamente então o mesmo está sujeito a erros e imperfeições, como :

1- Erros nos relógios dos satélites: apesar da enorme precisão do relógio dos satélites,e um erro mínimo traz uma variação enorme na medição da posição, por isso os satélites são constantemente monitorados e corrigidos por estações de controle espalhadas pelo planeta.

2- Erros na posição dos satélites:a posição dos satélites é calculada a partir de de modelos matemáticos rigorosos e muito precisos, porém os satélites podem sofrer pequenas variações de posição devido a inúmeros fatores. Este problema também é resolvido através das estações de controle.

3- Erros de multi-trajeto:os sinais transmitidos pelos satélites podem sofrer algumas reflexões em objetos na atmosfera, com isso, a distância calculada sofre um erro, mas este erro é pequeno, por volta de 50 cm.


4- Atrasos na ionosfera:a velocidade de propagação do sinal no meio não é uma constante, e varia do dia para a noite, em dias mais quentes, e em diversas situações. O receptor GPS calcula a distância a partir de um velocidade constante, o que gera alguns erros na medição.



5- Atrasos na troposfera:quando passa pela camada mais baixa da atmosfera o sinal sofre um atraso devido principalmente ao aumento de umidade. Este atraso também gera um erro de medição.


Ta aí um vídeo muito interessante e de curta duração que vai te explicar sobre possíveis erros e erros induzidos, vale a pena dar uma olhada

 



      Por hoje é só, mas ainda continuarei no próximo e ultimo posto sobre gps, dessa vez sobre alternativas e algumas especificações técnicas do funcionamento e tipos de transmissões.


Referências:
>>http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/gps

>>http://www.infoescola.com/cartografia/gps-sistema-de-posicionamento-global/

>>http://en.wikipedia.org/wiki/Global_Positioning_System

Bônus: ctrl + L3 para aumentar a imagem, ou simplesmente clique na imagem...

terça-feira, 8 de julho de 2014

Diferenciando Internet, Intranet e Extranet

Olá pessoal! Nesse post vou explicar um pouco sobre as principais diferenças entre Internet, Intranet e Extranet. Vamos começar conceituando cada uma.
 
Internet
 
É uma rede classificada como WAN (Rede de dimensão global) e conecta diversas outras redes em todo o mundo, através de estruturas robustas chamadas backbones. Quando você se conecta à internet, sua conexão irá traçar uma rota até o serviço ou site que deseja utilizar, passando pelo provedor de acesso e backbones. Esta estrutura é comumente chamada de “nuvem”. A internet baseia-se, principalmente, no uso do protocolo TCP/IP e suas diversas camadas e protocolos dependentes. Através do TCP/IP serviços são disponibilizados como os sites, e-mail, FTP. A navegação em sites é conhecida como Web, ou WWW (World Wide Web). Mas atenção: web não é sinônimo de internet, é na realidade um serviço da internet.
 
Intranet
 
É uma rede que baseia-se nos serviços oferecidos na Internet através do TCP/IP, como sites, e-mails, etc. Porém seu acesso é restrito à redes privadas, ou seja, os serviços da intranet são somente acessíveis através do acesso à esta rede privada.
 
Extranet
 
Seria uma extensão da intranet. Funciona igualmente porem sua principal característica é a possibilidade de acesso via internet, ou seja, de qualquer lugar do mundo você pode acessar os dados.
 
Diferenças entre elas
 
  • A intranet e a extranet possuem acesso restrito, já a internet não.
  • Por ser acessada via internet, a extranet também possui comunicação externa, diferente da intranet.
  • Por utilizar redes LAN, a intranet é a única que permite compartilhamento de impressoras.
  • Existem infinitas intranets, qualquer rede privada pode criar serviços e tornar-se uma intranet. Já a internet só existe uma.
Fontes:http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1276/internet_intranet_e_extranet_o_que_sao_e_quais_as_diferencas

domingo, 6 de julho de 2014

Um pouco sobre HDTV




A HDTV, sigla para high-definition televison (televisão de alta definição, em português), é um sistema de transmissão televisiva de alta resolução, superior aos formatos tradicionais (NTSC, SECAM, PAL).

Apesar de vários padrões de televisão de alta definição terem sido propostos ou implementados, os padrões HDTV atuais são definidos pelo ITU-R BT.709 como 1080i (entrelaçado), 1080p (progressivo) ou 720p usando uma proporção de tela widescreen (resolução 16:9, ou seja, 16 unidades de largura por 9 de altura). O termo "alta definição" pode se referir à própria especificação da resolução ou mais genericamente ao meio (ou mídia) capaz de tal definição.


p? i? O que essas letras representam nas siglas das resoluções?


A letra "p" faz referência ao modo de varredura “não-entrelaçado” ou progressivo. Já a letra "i" serve para identificar sistemas que disponibilizem as imagens no modo “entrelaçado”. Os televisores analógicos (televisores CRT, também conhecidos como telas de tubo) utilizam o sistema 480i, que são as linhas entrelaçadas.

O modo entrelaçado funciona da seguinte forma: primeiro a televisão exibe as linhas ímpares (1, 3, 5, etc) e depois ela preenche a tela exibindo as linhas pares (2, 4, 6, etc). No primeiro ciclo a TV exibe 30 quadros com as linhas ímpares e depois ela completa o primeiro segundo da transmissão preenchendo a imagem com outros 30 quadros, agora com as linhas pares. Isso acontece muito rápido, nossos olhos nem percebem a composição dos quadros.

O modo não-entrelaçado funciona de maneira bem simples, sendo que as linhas são exibidas uma após a outra. As resoluções que operam nesse modo recebem a letra “p”, fazendo referência ao termo inglês “Progressive Scan” (varredura progressiva).
comparação entre o modo não-entrelaçado(à esquerda) e o modo entrelaçado(à direita).

Referencias: